SONNETROIS
Seu beijo é um poema sem censura,
sem rima, sem guitarra e inacabado...
Sem ritmo, sem sons e perturbado,
como a buscar um verso de estrutura.
O sumo que me escorre pela boca
em dias de esperança adormecida,
em gosto da poesia em mim tão pouca
e o cheiro da manhã quase esquecida.
Dedilho essa guitarra, corda-a-corda,
a ver se o sumo escorre pela rima.
Seu beijo é qual manhã que não se acorda,
em lábios que sussurram “mais em cima”.
Atrapalhado, o verso pede colo
na palavra sofrida que o devora
e neste emaranhado eu me enrolo
e sinto que a paixão perdeu a hora.
Encharco esse langor por entre os dentes,
aflita por teu sonho em meu viver.
Teus lábios junto aos meus, sobreviventes,
e a língua decifrando o teu sorver.
De colo o verso muda, atrapalhado,
e a rima em outros dentes se mistura,
o metro, em langor, jaz encharcado,
perdida fez-se a hora da loucura...
Procuro nos sonetos as respostas,
encontro uma lembrança corroída
por beijos disfarçados e em apostas.
Não há verso mais puro que o teu
ou rima mais completa que o desejo,
sonetos que hoje a ti hei de ofertar.
Que venham teus sonetos, de mãos postas,
no beijo que revezo em suas costas,
com outros corroídos de lembranças
perdidas... Sem canção, sem garantia
de encontrar nova rima pretendida
no olhar que busca um sonho na poesia.
Pois traze-me na estrofe sem pudores,
os braços que me pintarão de cores,
poemas que não pude recitar.
Então que silencie, nada fale,
pois quando o verso finda, o que vale
é ver que mesmo muda nos alcança.
Nathan de Castro
Lílian Maial
Antoniel Campos
sem rima, sem guitarra e inacabado...
Sem ritmo, sem sons e perturbado,
como a buscar um verso de estrutura.
O sumo que me escorre pela boca
em dias de esperança adormecida,
em gosto da poesia em mim tão pouca
e o cheiro da manhã quase esquecida.
Dedilho essa guitarra, corda-a-corda,
a ver se o sumo escorre pela rima.
Seu beijo é qual manhã que não se acorda,
em lábios que sussurram “mais em cima”.
Atrapalhado, o verso pede colo
na palavra sofrida que o devora
e neste emaranhado eu me enrolo
e sinto que a paixão perdeu a hora.
Encharco esse langor por entre os dentes,
aflita por teu sonho em meu viver.
Teus lábios junto aos meus, sobreviventes,
e a língua decifrando o teu sorver.
De colo o verso muda, atrapalhado,
e a rima em outros dentes se mistura,
o metro, em langor, jaz encharcado,
perdida fez-se a hora da loucura...
Procuro nos sonetos as respostas,
encontro uma lembrança corroída
por beijos disfarçados e em apostas.
Não há verso mais puro que o teu
ou rima mais completa que o desejo,
sonetos que hoje a ti hei de ofertar.
Que venham teus sonetos, de mãos postas,
no beijo que revezo em suas costas,
com outros corroídos de lembranças
perdidas... Sem canção, sem garantia
de encontrar nova rima pretendida
no olhar que busca um sonho na poesia.
Pois traze-me na estrofe sem pudores,
os braços que me pintarão de cores,
poemas que não pude recitar.
Então que silencie, nada fale,
pois quando o verso finda, o que vale
é ver que mesmo muda nos alcança.
Nathan de Castro
Lílian Maial
Antoniel Campos
3 Comments:
Oi, Nathan!
Quanto mais leio esse soneto a 6 mãos, mais me admiro da perfeita integração dos versos. Um exercício dificílimo, que tiramos d eletra. Foi um prazer inenarrável fazer esse trabalho.
beijos,
Lílian
oi, meu amigo!
o seu trabalho esta cada dia que passa mais divino, quei dera que no lugar das pessoas ficarem fazendo guerra, começassem a contemplar tamanhas grandezas como esse seu trabalho! com certeza a vida de todos nós seria bem melhor! parabéns, que de Deus continue te abençoando cada dia mais...
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