Tuesday, May 30, 2006

Soneto com Tabuada e Estrambote

© Nathan de Castro


Quando o silêncio chama o meu poeta
para um novo poema, vou sangrando
e o líquido que jorra da caneta
mancha a saudade e as luas do comando.

Se penso num soneto, uma trombeta
toca uma prosa, e já considerando
que a conta dos quatorze está completa,
arrisco um verso livre, torto e brando.

O resultado é pálido e sem graça.
- Não sei falar de sonhos sem rimar
e sem contar as sílabas... Cachaça! -

O vício me acompanha e faz pirraça.
Contei tantas estrelas ao luar,
que agora pra escrever e dizer nada

junto ao poema os sons da tabuada.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Nice colors. Keep up the good work. thnx!
»

July 01, 2006 3:08 AM  
Anonymous Anonymous said...

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»

July 17, 2006 7:51 PM  

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