Tuesday, May 30, 2006

Ciranda

© Nathan de Castro


Do pó da terra ao pó, a máquina trabalha
na busca insaciável do conhecimento.
Vai fabricando esgotos, lixos, sofrimentos
e as guerras que convidam a novas muralhas.

Quão fascinante o corpo e a malha desse invento!
A precisão do olhar-criança nas batalhas
pela sobrevivência inútil, vil, canalha...
E sem saber, após a morte, o pensamento!

Embora a podridão e os vermes repelentes,
embora o esterco, o visgo, o sebo, a carne e as tripas,
toda a alegria e fé... Ternura de tulipas!

No lixo do universo, a beleza: presente
do Mago Criador, vale o mote, a poesia,
as artes, a palavra e o céu de cada dia.


3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Te ofereço uma poesia de minha autoria...


Transformação


Por querer amar-te mais

Transformei em Amor

Minhas dores

Minhas feridas

Meu sofrimento

Minhas decepções

Minhas culpas

Por querer amar-te mais

Chorei e Sorri

Gritei

Me calei

Por querer amar-te mais

Escrevi todas as frases de amor

Ouvi todas as músicas

Li e reli todos os poemas

Por querer amar-te mais

Exigi e Cobrei

Te sufoquei

Por querer amar-te mais

Me senti pequena

Sai de cena

Sai da vida

Por querer amar-te mais

(Regina Cianci)

May 30, 2006 8:00 PM  
Anonymous Anonymous said...

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»

June 27, 2006 10:23 AM  
Anonymous Anonymous said...

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»

July 17, 2006 7:51 PM  

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