Haibun da Minha Rua
© Nathan de Castro
Às vezes vou lá fora brincar de realidade.
Parece-me que nunca sou bem recebido
quando atravesso os limites da minha rua.
Tem festa no mato,
tiziu, feliz, bate as asas –
convite aos amigos.
Esta já se acostumou com meus passos distraídos e com os olhos
à procura de um novo verso escondido no mato das calçadas,
No mato florido,
passarim de coleira
canta a liberdade.
nos terrenos baldios ao lado ou no bosque em frente.
Cachos de mamona
no terreno baldio –
lembranças de guerras.
O ipê-amarelo,
exibindo um broto verde,
renasce das cinzas.
Sempre aparece um verso perdido por aqui.
As árvores do bosque em frente, também, pingam haicais...
Ninho abandonado
na sibipiruna em flor -
pardal tomou posse.
No alto da colina,
a árvore de folhas novas
tem casa de João-de-barro.
Enquanto isso, descendo a ladeira...
Cão vira-lata
com a língua de fora –
tarde ensolarada.
Às vezes vou lá fora brincar de realidade.
Parece-me que nunca sou bem recebido
quando atravesso os limites da minha rua.
Tem festa no mato,
tiziu, feliz, bate as asas –
convite aos amigos.
Esta já se acostumou com meus passos distraídos e com os olhos
à procura de um novo verso escondido no mato das calçadas,
No mato florido,
passarim de coleira
canta a liberdade.
nos terrenos baldios ao lado ou no bosque em frente.
Cachos de mamona
no terreno baldio –
lembranças de guerras.
O ipê-amarelo,
exibindo um broto verde,
renasce das cinzas.
Sempre aparece um verso perdido por aqui.
As árvores do bosque em frente, também, pingam haicais...
Ninho abandonado
na sibipiruna em flor -
pardal tomou posse.
No alto da colina,
a árvore de folhas novas
tem casa de João-de-barro.
Enquanto isso, descendo a ladeira...
Cão vira-lata
com a língua de fora –
tarde ensolarada.
6 Comments:
Nathan,
Há tempos que te acompanho...e a fragrãncia da tua poesia permanece com o frescor próprio do alvorecer.
É muito prazeroso deixar o meu olhar em teus versos!
beijos
Oi amigo!
Como sempre: talento por aqui é o que não falta. Sempre boa poesia e muita sensibilidade neste coração mineiro.
Naldo
Fã não precisa comentar... porque vc já sabe que adoro tudo o que vc faz. Muito bom ler vc!
Bjokas
lis
Nathan, esse soneto me arranca do hoje e me leva às raízes, por isso é o que mais me toca, aliás me arrasta com sua potência. Isso prova que você escreve com a alma!
Nathan, seus versos são como o pôr-do-sol: milagroso e natural ao mesmo tempo.
Está tudo lindo demais!
Beijos!
Nathan
Vou dizer que andar por aqui é como resgatar essa natureza onde encontras teus versos. Eu, de um univeso tão friamente urbano, respiro o mato florido, os cachos de mamona e os passarinhos no ipê amarelo que embeleza, a despeito de tanta cidade. Delícia andar por aqui... Obrigada por estes presentes.
Abraço grande
Sônia Prazeres
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