Sede de Voar
© Nathan de Castro
A minha sede de voar vem de muitos pássaros.
Quando criança, saltei de cima da caixa d’água
com um guarda-chuva. Algumas escoriações
e a certeza de que nunca seria um pára-quedista.
Aprendi a voar no encanto das páginas dos livros.
Visitei mundos desconhecidos, cidades submersas,
planetas habitados por plantas carnívoras
e guerreiros gigantes.
Queria mais. Queria voar com asas de condor.
Na juventude, descobri o medo das alturas após
a primeira e última aventura num mono-motor...
Certo dia eu me encontrei voando ao encontro do
desconhecido mundo das palavras.
O batismo veio com a água da paixão, mas o destino
me havia reservado outras missões.
Por séculos e séculos vaguei perdido e colecionando
penas para cumprir o vôo da sobrevivência.
Já próximo ao fim da jornada, me deparei com a poesia.
Aquela, a mesma da criança que saltava de cima da
caixa d’água com um guarda-chuva.
Como era simples voar!
Hoje, as escoriações são mais profundas e todos
os planetas são habitados por palavras de saudades.
Um canto de paixão brota de cada poro dos poemas.
Eu, canto.
A minha sede de voar vem de muitos pássaros.
Quando criança, saltei de cima da caixa d’água
com um guarda-chuva. Algumas escoriações
e a certeza de que nunca seria um pára-quedista.
Aprendi a voar no encanto das páginas dos livros.
Visitei mundos desconhecidos, cidades submersas,
planetas habitados por plantas carnívoras
e guerreiros gigantes.
Queria mais. Queria voar com asas de condor.
Na juventude, descobri o medo das alturas após
a primeira e última aventura num mono-motor...
Certo dia eu me encontrei voando ao encontro do
desconhecido mundo das palavras.
O batismo veio com a água da paixão, mas o destino
me havia reservado outras missões.
Por séculos e séculos vaguei perdido e colecionando
penas para cumprir o vôo da sobrevivência.
Já próximo ao fim da jornada, me deparei com a poesia.
Aquela, a mesma da criança que saltava de cima da
caixa d’água com um guarda-chuva.
Como era simples voar!
Hoje, as escoriações são mais profundas e todos
os planetas são habitados por palavras de saudades.
Um canto de paixão brota de cada poro dos poemas.
Eu, canto.
2 Comments:
Oiee, Nathan!
"Sede de Voar"...gostei!!!
[b]
escoriações,
saudades,
ahhh este seu poeta!!!
beijo
Parabéns caro poeta! Obrigada por nos preseter com a beleza dos seus versos.Um abraço,Ana
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