Soneto em Transe ( para Glauber Rocha )
© Nathan de Castro
O poeta vagava pelas luas
cortado a sete facas, na sangria,
enquanto a terra em transe adormecia
e o medo abria as portas com gazuas.
Nas trevas do eldorado sem poesia,
ele juntava as vísceras nas ruas,
pingando suas dores... Seminuas
bandeiras desfraldadas e vazias.
Soldado sem vitórias e impotente,
onde a explosão da bomba? Onde a miséria?
Qual verso sabe o sangue de uma artéria?
Quando o golpe da dor se faz urgente,
levanta-se a palavra e segue em frente...
Poesia não rima com matéria!
O poeta vagava pelas luas
cortado a sete facas, na sangria,
enquanto a terra em transe adormecia
e o medo abria as portas com gazuas.
Nas trevas do eldorado sem poesia,
ele juntava as vísceras nas ruas,
pingando suas dores... Seminuas
bandeiras desfraldadas e vazias.
Soldado sem vitórias e impotente,
onde a explosão da bomba? Onde a miséria?
Qual verso sabe o sangue de uma artéria?
Quando o golpe da dor se faz urgente,
levanta-se a palavra e segue em frente...
Poesia não rima com matéria!
1 Comments:
Caro poeta:
Foi a primeira vez que abri o seu blog. Levei algum tempo sem internet. Lamento não o ter saboreado antes. Está uma delícia.
Um grande abraço.
Raymundo Salles
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