Thursday, June 01, 2006

Soneto Urgente

© Nathan de Castro


Fazem-se urgentes, o abraço de acalmar a alma,
o travesseiro e o ombro amigo do melhor
amigo. No poema, o amor sem dor ou trauma,
para que o verso aprenda a paz em sol maior.

Fazem-se urgentes, a música dos olhos dela,
a cotovia e o beijo surdo do silêncio
amigo. No poema, a voz que canta a estrela,
no imprescindível chão da flor de amor do Cântico

dos Cânticos. Faz-se urgente a lua cheia,
carpindo os espinheiros de palavras tortas
e, independente, da poesia sempre alheia,

faz-se urgente abrir de vez minhas comportas.
Tanto me falta, tudo é urgente, e volta e meia,
esqueço que a vontade é a chave dessas portas.

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Soneto Urgente. Antológico, Nathan. Daqueles poemas de cabeceira. Digno de
prêmiação em qualquer concurso literário, se já não o foi. Parabéns por essa
pérola.
Gerusa

June 01, 2006 7:07 AM  
Anonymous Anonymous said...

Adorei o blog!! está maravilhoso como vc é :)
beijos enluarados,
Regina Almeida Bizzo

June 01, 2006 7:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

NATHAN AMO SONETOS,E VC OS ESCREVE MUITO BEM,OU MELHOR,VC PASSA TODA SUA SENSIBILIDADE ATRAVES DE SUAS PALAVRAS..ADMIRO MUITO ISSO !PARABÉNS AMIGO...

June 01, 2006 8:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

Belo soneto, Nathan; o fecho, então, é de arrepiar.
Parabéns, amigo!
Ana Guimarães

June 01, 2006 5:56 PM  
Anonymous Anonymous said...

"Soneto Urgente" faz arrepiar...
Toca lá fundo, parece convocar nossa alma a abrir todas as comportas para uma vida plena de prazer!!Que façam jus a esse soneto marcante!

June 02, 2006 6:45 PM  
Anonymous Anonymous said...

Hi! Just want to say what a nice site. Bye, see you soon.
»

July 17, 2006 7:51 PM  

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