Ave, Poesia!
© Nathan de Castro
Se o verso bate à porta da emoção,
abro o poema e chamo a ventania.
As penas das tristezas, na canção,
parecem-me mais leves co’a sangria.
Os pássaros, nos passos da estação,
soltam os seus trinados e a harmonia
da nuvem, com a tarde de verão,
deságua um temporal... Ave, Poesia!
Silêncio na palavra!... O sol descreve
o romance do encontro co’as estrelas,
e o Verso abraça a noite do planeta...
O instante é primoroso, o olhar tão breve,
que o lusco-fusco, a brisa e as aquarelas
não cabem nas palavras de um poeta.
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