Voz da Solidão
© Nathan de Castro
Distante do seu corpo e seus abraços,
meus braços esticados pro infinito
procuram no vazio por um grito
que corte um verso frio feito aço.
Distante dos seus beijos meus espaços
são passos que aprendi quando criança,
espalham vidros, cacos, estilhaços
e vou chutando as pedras desta dança.
Atrapalhado encontro a noite escura
como a esconder um canto de aflição
e mesmo o som, que o vento em paz murmura,
soluça pó, poeira e o coração
explica a dor e no peito sussurra:
desafinada é a voz da solidão.
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Poema musicado pelo compositor paraense Eduardo Dias.
4 Comments:
Música linda! Vez ou outra ouço aqui.
Amigo Nathan, lembra daquela outra poesia que eu comentei, da inspiração que tirei daqui?
então, deu numa bela chama, obrigado.
contribua, toque fogo!
Não sou poeta... Tento brincar com palavras apenas. Foi uma revelação a sua forma de escrever. Desculpe mas virei aqui mais vezes, ler o encanto.
Parabéns... Incrivel como ainda se sonha em português... e que bom sonho fazes à alma...
Não sou poeta, mas alinhavo palavras...Nunca como as tuas que encantam... Parabéns.!
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