Thursday, November 23, 2006

Voz da Solidão


© Nathan de Castro


Distante do seu corpo e seus abraços,
meus braços esticados pro infinito
procuram no vazio por um grito
que corte um verso frio feito aço.
Distante dos seus beijos meus espaços
são passos que aprendi quando criança,
espalham vidros, cacos, estilhaços
e vou chutando as pedras desta dança.
Atrapalhado encontro a noite escura
como a esconder um canto de aflição
e mesmo o som, que o vento em paz murmura,
soluça pó, poeira e o coração
explica a dor e no peito sussurra:
desafinada é a voz da solidão.


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Poema musicado pelo compositor paraense Eduardo Dias.

4 Comments:

Blogger Lucilaine de Fátima said...

Música linda! Vez ou outra ouço aqui.

November 23, 2006 4:53 PM  
Blogger Marcelo de Freitas said...

Amigo Nathan, lembra daquela outra poesia que eu comentei, da inspiração que tirei daqui?
então, deu numa bela chama, obrigado.

contribua, toque fogo!

November 24, 2006 5:34 AM  
Anonymous Anonymous said...

Não sou poeta... Tento brincar com palavras apenas. Foi uma revelação a sua forma de escrever. Desculpe mas virei aqui mais vezes, ler o encanto.

November 27, 2006 3:12 AM  
Anonymous Anonymous said...

Parabéns... Incrivel como ainda se sonha em português... e que bom sonho fazes à alma...
Não sou poeta, mas alinhavo palavras...Nunca como as tuas que encantam... Parabéns.!

November 27, 2006 4:38 AM  

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