Versos Tortos VII
© Nathan de Castro
Os sonetos já não me procuram como dantes.
Às vezes perco-me nos labirintos
das tônicas, métricas e rimas.
Penso que vivi muito pouco
e já não encontro o que dizer
em quatorze linhas amarradas.
Para escrever é necessário que a vida
seja agitada e que se acumule muitas histórias
de luas e oceanos, além de serras, claro.
Precipícios, rios, cavernas e canteiros são importantes,
mas as estradas...
Essas, sim. De importância fundamental.
Quanto mais estradas percorridas,
tanto mais histórias a contar.
Depois vem a parte mais complicada:
lapidar as palavras.
Ofício dolorido, esse, de talhar a alma.
Os sonetos já não me procuram como dantes.
Às vezes perco-me nos labirintos
das tônicas, métricas e rimas.
Penso que vivi muito pouco
e já não encontro o que dizer
em quatorze linhas amarradas.
Para escrever é necessário que a vida
seja agitada e que se acumule muitas histórias
de luas e oceanos, além de serras, claro.
Precipícios, rios, cavernas e canteiros são importantes,
mas as estradas...
Essas, sim. De importância fundamental.
Quanto mais estradas percorridas,
tanto mais histórias a contar.
Depois vem a parte mais complicada:
lapidar as palavras.
Ofício dolorido, esse, de talhar a alma.
4 Comments:
lapidar a alma é labiríntico
escrever não é difícil
poeta bifurcado ser humano
difícil é a vida e seu ofício
corpo dum lado alma doutro
existência única na dupla
lilian natal maial castran
posso dizer árvore binária?
não, claro como nathan
uma dicotomia desarmada?
dessamarradas as palavras
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Amigo Nathan, sinto o mesmo quando escrevo. Cada poema, um parto natural.
Abraços
Rogerio
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