Café da Manhã
© Nathan de Castro
Bom dia, Solidão, chegou o outono,
lá fora o céu faz festa azul-nobreza.
Vem, senta-te comigo à minha mesa.
— vale lembrar-te, ainda sou o dono. —
Bebe o café e deixa essa tristeza
de lado e espanta as trevas do abandono.
Senhora Solidão, as desavenças
deixemos pra depois... Agora eu quero
sorver dessa poesia e sem ofensas
dizer-te em claro tom, sem lero-lero:
"à tonga da mironga", se ainda pensas
que casa de poeta é a morada
eterna, amiga e sempre preparada
para hospedar balofas de descrenças.
1 Comments:
A Senhora Solidão me visita mais é nas madrugadas insones e quando o dia amanhece fico feliz por tê-la espantado.
Lu
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