Monday, September 10, 2007

Soneto ao Coração

© Nathan de Castro

Antes que o nada em nada se transforme,
deixo um soneto tolo ao coração,
que tanto amou sem reclamar da enorme
parede que escrevi sobre a paixão.

E antes que o corpo em vida se deforme,
agradeço a fiel dedicação,
mas por favor te peço, agora, dorme.
Permita-me uns minutos de razão!
Preciso caminhar em liberdade,
sinto-me prisioneiro das saudades
e as minhas asas pesam como luas...

Ah! Velho coração, a nossa estrada
precisa de uns instantes de alvoradas,
para acalmar o tempo e as suas gruas.

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