Para Cantar o Amor Maior
© Nathan de Castro
Teu nome está gravado com punhais de estrelas
nos troncos dos sonetos que guardo no peito,
mas nestes que rabisco não consigo as telas
e as pétalas das letras de um verso perfeito.
Como explicar o amor, com tinta de caneta,
nas árvores de um sonho feito de aquarelas,
se as cores das palavras saltam da paleta
e as mãos do meu poeta não conseguem vê-las?
Ah! mágica Poesia Azul, qual o segredo
para escrever a dor com versos soberanos,
sem respingar saudade e luas nos pianos?
Me ensine essa canção feliz do passaredo
e a música das ondas beijando o rochedo,
para que eu cante o amor maior dos oceanos.
2 Comments:
Muito bom, Nathan, forte e sincero.
Como não posso passar sem versos, perdoe-me a liberdade:
VELAS AO LUAR
Eu posso ouvir um sonho de poeta,
de espraiar tão longe a voz do mar
que, muto além de onde chegam as velas,
a dor de mim consegue alcançar,
e logo mira, entre as pedras, cores,
de um amor que desafia o vento,
e vai tão longe a voz desse lamento,
e vem tão perto o medo de chorar...
Para alcançar o que ninguém conhece,
e conhecer o que ninguém ouviu,
páro e escuto a solidão do mar,
a perceber a dor que não se esquece,
e esquecer que tudo acontece
à luz das velas, ao luar de amores...
..........................
Um grande abraço.
Marco
Você sabe, não sei se lembra, mas, eu disse que é meu preferido. Já o conhecia e foi um prazer enorme ler novamente.
Beijo...
Lu
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