Soneto de Setembro
© Nathan de Castro
Com voz de trovoada e olhos de coriscos,
o céu de cara feia afugenta o soneto.
Arrisco-me no verso livre, em branco e preto:
cantigas de setembros, chuvas e rabiscos.
Sinais de tempestades, flores, borboletas?
Versos de folhas verdes nas mãos do Poeta?
Quiçá, quem sabe a terra ensinando-me as letras
das cepas dos coqueiros de praias desertas?!
Canções de erva-cidreira, picão e canela,
remédios para curar as paixões de agosto...
Sementes nos canteiros de eterno desgosto?
Verso livre com cheiro de amor — primavera —
abóbora madura (onde estão minhas feras?).
Silêncio, outro soneto, e um sorriso no rosto.
4 Comments:
Poema lindíssimo!!! Adorei!
Amei, é belo,tem muito sentimento.
Maria do Carmo héraclio de aquino.
"Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)"..pois já já a primavera vai chegar..beijos meu querido sonetista.. rosa
Querido...
Lestes minh'alma?
Voei durante dias a gosto
Sim, neste insano agosto
Como Butterflay me deixei levar
pelo amor do Vento.
Agora, setembro chega
Agora, sem tempo chego
Aiiiii... Qro voar...
Voar nas letras do seu soneto.
Bjos Kika
A... Butterflay
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