Friday, September 01, 2006

Soneto de Setembro


© Nathan de Castro


Com voz de trovoada e olhos de coriscos,
o céu de cara feia afugenta o soneto.
Arrisco-me no verso livre, em branco e preto:
cantigas de setembros, chuvas e rabiscos.

Sinais de tempestades, flores, borboletas?
Versos de folhas verdes nas mãos do Poeta?
Quiçá, quem sabe a terra ensinando-me as letras
das cepas dos coqueiros de praias desertas?!

Canções de erva-cidreira, picão e canela,
remédios para curar as paixões de agosto...
Sementes nos canteiros de eterno desgosto?

Verso livre com cheiro de amor — primavera —
abóbora madura (onde estão minhas feras?).

Silêncio, outro soneto, e um sorriso no rosto.

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Poema lindíssimo!!! Adorei!

September 01, 2006 1:51 PM  
Anonymous Anonymous said...

Amei, é belo,tem muito sentimento.
Maria do Carmo héraclio de aquino.

September 01, 2006 2:18 PM  
Anonymous Anonymous said...

"Trago esta rosa (para te dar)

Trago esta rosa (para te dar)

Trago esta rosa (para te dar)"..pois já já a primavera vai chegar..beijos meu querido sonetista.. rosa

September 01, 2006 2:29 PM  
Blogger Alciene said...

Querido...
Lestes minh'alma?
Voei durante dias a gosto
Sim, neste insano agosto
Como Butterflay me deixei levar
pelo amor do Vento.
Agora, setembro chega
Agora, sem tempo chego
Aiiiii... Qro voar...
Voar nas letras do seu soneto.

Bjos Kika
A... Butterflay

September 01, 2006 2:35 PM  

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