Wednesday, August 16, 2006

Soneto à Luz de Velas


© Nathan de Castro


Quando um canto cigano se me aporta e pede
a seda, o véu, a tenda dos amores feitos,
para cumprir o encanto e o sol dos rarefeitos
momentos de poesia, lanço a minha rede.

O taça, a roda, o ópio, os teus trejeitos
invadem o silêncio, deitam-me esta sede
do beijo e do momento louco que antecede
à música dos olhos... Cristais satisfeitos!

As velas incendeiam a saudade, a cama
inda guarda o perfume, o mel, a flor da chama,
que clama pelo corpo e a morte na paixão...

Vem, meu amor, a noite é fria, ora declama
um verso de edredom que veste o sol e inflama
o peito de um poeta torto e sem razão.

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Nathan,

Esse poema fala de coisas apaixonantes do mundo cigano. Misticismo e sedução que atraem poetas e românticos inveterados. Parabéns!
beijocas,
Lílian

August 16, 2006 2:04 PM  
Anonymous Anonymous said...

Maravilhoso, de uma sensibilidade sem igual e na medida certa para os apaixonados. Parabéns!!
Beijos
Michele

August 22, 2006 8:05 PM  
Anonymous Anonymous said...

Nathan,és o poeta dos enamorados...
Fui...
Lucy

August 22, 2006 9:37 PM  
Anonymous Anonymous said...

Nathan!
Realmente é muito bonito ser poeta!
Tens um dom maravilhoso!
Parabéns mais uma vez.
Abraços,
Regina

August 24, 2006 4:07 AM  

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