Escandindo Saudades
© Nathan de Castro
Por que não me fizeste prisioneiro
no instante em que esqueci da confiança
e o medo se instalou no olhar do arqueiro?...
-O meu cupido ainda era criança!
Por que não exigiste um mensageiro
levando-me castelos de esperança:
um verso, um beijo, um cântico primeiro?...
Por que não me deixaste uma lembrança?
Passaram-se as estrelas e, hoje sigo
escandindo os motivos da saudade...
Nem sei falar de amor sem a viagem
que invento à cada verso que castigo...
No peito a tal paixão faz tempestade
e a rima fica, assim... Feita voragem.
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