Soneto Passarinho
© Nathan de Castro
Meus versos bem-te-vis pardal chocou,
e bem que eu vi no ninho um tico-tico
que guardava a poesia no seu bico,
como quem guarda o sonho que encontrou.
Meus versos sabiás, — mamão maduro —
comida de sanhaços e rolinhas
nos pomares -sonetos de "abobrinhas"
que arranco do meu lado mais escuro.
Meus versos pica-paus de bananeira
que já deu flor e frutos aos poetas
canários, curiós e beija-flores,
procuram descrever de outra maneira,
sem nem pensar se as formas são corretas
ou se a poesia exige novas cores.
2 Comments:
AH RÁ!!!
Que bom ser encontrado por um amigo sonetista. Ah... quanto tempo? Há quanto tempo o estilo está "fora de moda"? Talvez seja justamente este aspecto o grande esteio mantenedor da novidade que ainda é o soneto em suas possíveis variações permitidas.
Estou encantado com seus poemas meu amigo poeta! Gosto muito da natureza e sempre estou em contacto com ela, mesmo nas cidades procuro pela mesma.
Elejo este soneto, mas os outros são infinitamente bons também. Juntamente aos textos em prosa.
Obrigado e mantenha contato amigão!
Um abraço e... vivamos cada vez mais a vida, e a poesia que ilumina
nós poetas e as pessoas ao nosso redor, estas que nos fazem ser assim. Elas sim, tem todo a beleza e o valor. Nós? Nós somos apenas o veículo, nada mais.
Forte abraço e força sempre.
ERRATA!!!
"estas que nos faz ser assim."
ehehehehe
abraços.
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