A Benção, Camões!
© Nathan de Castro
O tempo passa, passo o verso em branco
e, passo a passo, traço outro esqueleto,
marcando a rima ao som desse tamanco,
tão velho e conhecido do soneto.
Sei nada, mas do nada inda alavanco
um tango que permita-me o amuleto
para dizer:__Camões, meu peito é manco,
mas tenho o sonho e o sangue de bisneto.
Tataravô, tu tacharias: louco,
um descendente e torto de saudades,
quando os quatorze pintam muito ou pouco?...
Castro Ferreira assino, e as liberdades
bem aprendi cantando e, hoje rouco,
risco paixões ao som das tempestades!
1 Comments:
Nathan,
Certamente Camões te abençoou!
Lindo soneto!
beijão,
Maial
Post a Comment
<< Home