Wednesday, November 15, 2006

Soneto Insone


© Nathan de Castro


Quando a canção de amor se faz ausente,
perco o trinado e, as rimas da emoção
soam tão fracas, pobres... Simplesmente,
palavras sem os lábios da paixão.

A noite exige o abraço, o beijo urgente
e o quarto espera o baile no colchão...
Tudo é saudade e a lua, de repente,
exibe um céu sem nuvens de algodão.

Tão tristes, o edredom e o travesseiro,
que guardam doces sucos de alvorada,
não dizem nada, nada, nada, nada!

A insônia esmaga o verso feiticeiro
e o meu poeta vara a madrugada
com medo de acordar a passarada!

2 Comments:

Blogger Lucilaine de Fátima said...

Nathan,

Senti por dentro uma angústia e uma dor ao ler esse soneto.
Parece que colocou em palavras coisas que eu precisava dizer.

Você realmente me contagia com essa explosão de sentimentos!

Beijo,

November 16, 2006 3:29 AM  
Anonymous Anonymous said...

Viajei neste seu soneto. Tive a impressão que te havia encomendado.
Obrigada pelo presente, mesmo que sem querer....
Beijos Véra Gama

November 18, 2006 1:45 PM  

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