Soneto Insone
© Nathan de Castro
Quando a canção de amor se faz ausente,
perco o trinado e, as rimas da emoção
soam tão fracas, pobres... Simplesmente,
palavras sem os lábios da paixão.
A noite exige o abraço, o beijo urgente
e o quarto espera o baile no colchão...
Tudo é saudade e a lua, de repente,
exibe um céu sem nuvens de algodão.
Tão tristes, o edredom e o travesseiro,
que guardam doces sucos de alvorada,
não dizem nada, nada, nada, nada!
A insônia esmaga o verso feiticeiro
e o meu poeta vara a madrugada
com medo de acordar a passarada!
2 Comments:
Nathan,
Senti por dentro uma angústia e uma dor ao ler esse soneto.
Parece que colocou em palavras coisas que eu precisava dizer.
Você realmente me contagia com essa explosão de sentimentos!
Beijo,
Viajei neste seu soneto. Tive a impressão que te havia encomendado.
Obrigada pelo presente, mesmo que sem querer....
Beijos Véra Gama
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