Chorinho
© Nathan de Castro
Eu choro porque a Natureza chora
e a Natureza é amiga dos poetas...
Chorar num ombro amigo me apavora,
mas sei que ainda existem borboletas!
Eu choro porque vejo o aqui e agora,
e choro pelos filhos das sarjetas...
Se não chorar, meu sonho se evapora
e o meu poeta quebra as clarinetas!
Portanto, choro lágrimas de estrelas
e enfeito as minhas páginas e telas
com flautas, violoncelos e pianos...
E choro, porque todas as janelas
abertas eu fechei sem escrevê-las
a tempo de estancar meus oceanos.
Eu choro porque a Natureza chora
e a Natureza é amiga dos poetas...
Chorar num ombro amigo me apavora,
mas sei que ainda existem borboletas!
Eu choro porque vejo o aqui e agora,
e choro pelos filhos das sarjetas...
Se não chorar, meu sonho se evapora
e o meu poeta quebra as clarinetas!
Portanto, choro lágrimas de estrelas
e enfeito as minhas páginas e telas
com flautas, violoncelos e pianos...
E choro, porque todas as janelas
abertas eu fechei sem escrevê-las
a tempo de estancar meus oceanos.
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