Primaveras
© Nathan de Castro
Um passarinho verde pousou na folhagem
em frente ao meu poema com cheiro de agosto
e quando bateu asas, levou a paisagem
nas asas do destino de eterno desgosto.
Um pássaro agourento acompanha a viagem.
Os ombros do poeta lhe servem de encosto,
e quando o verso insiste em fugir da voragem,
ele exibe um sorriso estampado no rosto.
Solidão de um acaso que o tempo e o silêncio
escondem nas crateras das frases de luas,
enquanto o meu poeta alimenta as saudades...
Os olhos de setembro ele avista à distância:
as flores, beija-flores e o verde das ruas.
Primaveras dos sonhos de felicidades.
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