Poesia é Para Viver

© Nathan de Castro
Faz frio lá fora e, hoje, resolvi brincar
com Natália e, em “Defesa do poeta”, digo:
oh! Desagasalhados dos sonhos, a poesia é,
também, para vestir.
E que seja tecida em lã ou algodão,
artesanalmente.
Nada de industrial. Poesia não se fabrica
em série e não precisa de etiquetas com
recomendações de lavagem a seco,ou qualquer
outra forma.
Poesia não é para lavar.
Ela está sempre limpa e pronta paraser vestida,
e quanto mais, mais alva, brilhante e iluminada.
Mas banho de poesia é indispensável. No mínimo,
duas vezes ao dia.
Poesia é também para beber, em copos de cristais
ou até mesmo em poças d’água, saboreando cada
gole, como na leitura de haicais.
Poesia é para respirar.
Evite as poluídas com palavras de gás carbônico
ou quaisquer outros elementos que agridam
a natureza.
Poesia é para viver.
Se a fome de poesia pede o pão
e a sede chama as águas do poeta,
preparo a prosa, as rimas de feijão
e um haicai bem gelado, de seleta.
Se o frio bate às portas da estação
Não deixo que ele entre na gaveta,
visto um novo soneto, de algodão,
ou vôo um verso livre... Borboleta.
Tudo é questão de sonhos. As canções
dos dias pedem contos e romances
com banhos de poesia, a cada instante.
A vida é a busca infinda de emoções
e quem respira versos tem mais chances
de naufragar na barca dos amantes.
2 Comments:
Nathan,
Ficou muito bonito o que escreveu. Você então não vai gostar nada do que escrevi porque ficou bastante poluído. Escrevi sobre a Raiva.
Essa não é boa de sentir, mas, acabou virando fumaça que polui o ar...sinto muito te contrariar, talvez tenha poluido os ares de quem escreve poesia. Ainda bem que ainda não sou considerada poeta e nem escritora.
Beijos,
Lu
Oiee, Nathan!!!
beijo saudoso!!!
quero as poesias de feijão;
de couve refogada, bem fininha....
as de amor, de solidão!!!
muito bom!!
paz, luz e amor pra vc!!
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