Soneto Breve
© Nathan de Castro
É breve o tempo e a música que toca
na brisa das manhãs de passarinhos,
soprando esta vontade dos caminhos
do corpo, e o beijo doce em tua boca.
É breve este soneto em desalinhos
que a mão do acaso afaga e não retoca
e o verso aceita o risco que provoca
delírios nas canções dos nossos linhos.
Silêncio nos lençóis. Ficaram marcas,
a frase, o porto e a aurora apaixonada
brincando nas paixões da madrugada.
Não sei quando partiram nossas barcas,
só sei da eternidade da alvorada
que acende esta saudade e a passarada.
1 Comments:
O blog como um todo é uma viagem intimista e de uma riqueza interior admirável.
Mas este, especialmente, me transporta...
Parabéns, Nathan, vou passar por aqui mais vezes!
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