Saturday, August 05, 2006

Folhas Secas


© Nathan de Castro


O frio chegou.
As cacatuas foram dormir mais cedo e hoje,

não ouvi as suas algazarras.
No quintal ladrilhado, as folhas secas da

castanheira bailam ao vento fazendo um barulho
de folhas secas nos ladrilhos.
Brincadeiras de redemoinhos.

Movimentos de poesia que enfeitam
o silêncio da noite e, que além das folhas,
derrubam os frutos maduros, espalhando
as castanhas que as cacatuas tanto gostam.
A lua cheia esconde-se por trás das nuvens que

se preparam para a chuva, formando anéis de luzes
desconhecidas e novas cores.
Pedaços de poemas encobrindo o infinito mar de

estrelas. Palavras de poesia na página do tempo.
Palavras que rolam pelo chão e que sabem a semente,
a florada e o doce sabor dos frutos.
Sabem todas as estações e todas as luas.

Lua, lua, lua,
a castanheira desfolhada
tem frutos maduros!

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Idéias simples, porém profundas! Amei seus sonetos e penso que a poesia é sangue em tuas veias.
Obrigada por conhecê-lo!

Maria José (Eme Gomes)

August 13, 2006 11:13 AM  
Anonymous Anonymous said...

Amei sua poesia!
De onde te vem tanta inspiração?
Continue escrevendo p o deleite das pessoas sensíveis.
cida.

August 13, 2006 1:16 PM  
Anonymous Anonymous said...

Caro Nathan, parabens. Não me canso de ler seus sonetos e me surpriendo mais a cada um! Maravilhosos!
Espero um dia, conseguir escrever com um décimo da sua capacidade e sensibilidade.
Abraços
Dorinha Araujo

August 14, 2006 3:56 AM  

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