Não Aprendi a Voar
© Nathan de Castro
No silêncio das pedras de um riacho,
rabisco estes sonetos sem sentido,
e as letras nas encostas do penhasco
são lascas dos meus versos distraídos.
Cascalhos que colhi nas águas rasas
do leito assoreado de um cometa:
não aprendi a voar, não me dei asas,
voar, voei!... Loucuras de poeta.
Voei de braços dados com estrelas,
ao som do mar e ao sol de sal e areia,
num vai e vem de luas e aquarelas.
Hoje, descanso os passos na palavra,
à sombra da poesia e, volta e meia,
acordo olhando a terra pendurada.
2 Comments:
Sempre me impressiona sua capacidade de criar, este poema está perfeito!!
Gostei da tática...risos.
Linda poesia, aliás como todas que escreves.
Quando chego neste cantinho fico sonhando acordada...é delicioso ficar aqui lendo esta obra maravilhosa!!!
é isso aí menino, continue assim.
Beijos carinhosos de tua amigucha. Lucinha.
Post a Comment
<< Home