Aurora Breve
© Nathan de Castro
Herdei o nome, os mimos dos meus pais,
de um irmão que partiu antes da aurora
e, sempre, quando chegam temporais,
penso que a mão da morte está lá fora.
Nasci dos aguaceiros e os sinais
do tempo fazem jus de, à mesma hora,
derramar tempestades tropicais...
Nas tardes de janeiro, o verso chora.
Amor de pai, de mãe?... Senhor, bem-digo!
Meus oito irmãos, meus cantos, meu abrigo,
e essa esperança azul que me protege...
Hei de cantar paixões!... Todo perigo
me encanta, pois a estrela que me rege
é a estrela desse irmão, de Aurora Breve.
3 Comments:
Nathan, que lindo soneto!
Ja coloquei nos meus favoritos para vir aqui ler sempre.
Um grande abraço.
Deixo aqui tambem o meu endereço, será benvindo quando quiser ler.
http://vertendepoesias.blogspot.com
Muito triste, Nathan, porém não deixa de ser belo!
Quero ler os anteriores novamente para matar saudades, principalmente esse que tem logo abaixo Para Cantar o Amor Maior e o Maria...
Beijo, e nesse tempinho meio frio uma muqueca de peixe ia bem. Tem um lugar aí bem pertinho de vc... ô vontade! quem sabe o tempo não persiste mais um pouco...rs
Lu
Oi, Nathan, este poema tem brilho raro, apesar da dor, da tristeza, que se denota, está tão bem descrito, que independente do tema emociona pela sua beleza... Fazia um tempo que não comentava aqui, mas seus belos textos nunca deixei de lê-los, muitas vezes foram alentos e ainda são à minha alma, gostei muito de Poema de areia, A Tua Boca, e Teu olhar... Nossa são todos esplendidos!! Já aproveito o ensejo e te convido também a visitar-me, no Recanto das Letras, no meu humilde cantinho Poético, Nel Santos. Bjssss de luz!
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