Poema de Areia
© Nathan de Castro
Lá vai um poeta na praia deserta,
banhado de sal e paixões das marés.
Caminha a incerteza da onda que oferta
pedaços do mundo jogado aos seus pés.
Navios aportam sonetos de alerta
e o grito vem alto do velho convés
caiado ao betume da vida encoberta
por névoas e sonhos que o tempo desfez.
Avante, poeta!... Escala o rochedo,
esquece as espumas, saudades, e areias.
Navega delírios, gaivotas, sereias
e todos os segredos do verbo aloucar.
Levanta essa âncora e abraça esse medo...
O medo é o troféu para quem quer voar!
1 Comments:
O último verso mexeu comigo. "O medo é o troféu para quem quer voar". Mais, uma vez, amei um soneto seu. Você sabe que seus versos penetram minha alma de forma intensa e absorvo-os com alegria.
Beijo,
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