Friday, September 22, 2006

Soneto de Primavera


Lilian Maial


Hoje me penso atrasada em florir

E na função primavera de cor,
Adubaria e regava esse amor,
Acelerando o botão a se abrir.

Contaminados os caules – banir!
Isolamento sem danos à flor,
Que na frescura do vento cantor,
Expõe a pétala ao sol sem sentir.

Sábias raízes de vida invernada,
Clone mais livre a cada nova poda,
Regenera-me em seiva imaculada.

De galhos abertos, como um abraço,
Espalhando na brisa gozo e pólen,
Sou mais florida nos versos que faço.

1 Comments:

Blogger Lucilaine de Fátima said...

Lilian,

Lindo! Gostei muito de cada verso e o poema traz aquele sentimento de renovação. Depois vou visitar seu blog de novo. E obrigada por ler algumas coisas lá no meu e comentar.

Beijo!

September 22, 2006 8:55 PM  

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