Thursday, November 29, 2007

Para Acender o Teu Olhar


© Nathan de Castro


Preciso da poesia do teu dia.
Sem ela sou poeta sem essência,
rio sem cachoeira, a inconseqüência
de um riacho sem peixes e magia.

Preciso conviver co’esta querência.
Nos sonhos tenho o sol, a melodia,
e invento de inventar a fantasia
de desvendar a química da ausência.

Preciso rabiscar a cor da rosa
e te ofertar a estrela mais charmosa,
até que a rima acenda o teu olhar...

E te dizer: __ Amor, tens a alterosa
canção que a poesia em verso e prosa
carece, para o sonho se encantar.

Monday, November 05, 2007

Poesia Azul


© Nathan de Castro


Somente o meu poeta sabe os meus segredos
e para confortar minh’alma escreve estrelas,
mas no meu peito estrelas são sonhos e telas
que escondem precipícios, dunas e rochedos.

Do malte das palavras sugo os meus brinquedos:
versos de céu, de mar, de beijo à luz de velas.
Mas quando a solidão apita, volto às celas
escuras, onde guardo as lágrimas e os medos.

E sigo a perseguir um tempo que não volta,
pingado de saudade, luas e pianos,
até que o vento apague a dor que vive à solta

nos campos de ilusões, canções e desenganos...
Caminho pelos prados das paixões revoltas,
sonhando co’a poesia azul dos oceanos.