Saturday, July 24, 2010

A vida é só um conto de ficção


© Nathan de Castro


Amor, meu grande amor, vem ver o dia,
as lágrimas dos campos orvalhados
e a música das rosas, que sorria,
para enfeitar teus lábios perfumados.

Amor, meu grande amor, toda a magia
do entardecer... Ah! Versos encantados,
que esperam pela estrela da poesia
e a lua dos fiéis enamorados...

Não tem como escrever tanta beleza!
Tudo é mistério, e o canto de paixão
é o canto que sonhei para ofertar-te...

Pois meu amor, a morte é uma certeza,
viver um grande amor é a flor da arte
e a vida é só um conto de ficção.

Sunday, July 18, 2010

Soneto do Amor Eterno


© Nathan de Castro

Hei de falar de amor, porque de amor
eu sobrevivo à luz de cada dia...
E de tanto rimar amor com dor,
já me entreguei aos lábios da poesia.

Hei de escrever as lágrimas da flor...
De orvalhos bebo a paz da melodia
e canto, pois meu canto tem o pôr-
de-sol mais belo ao sol da fantasia.

Hei de cantar as músicas da estrela,
e até que o verso morra, eu quero vê-la
dormindo em meus momentos de cetim...

Mas se a canção pintar outra aquarela,
a noite escreverá nova janela
e o encanto há de acordar noutro jardim.

Tuesday, July 13, 2010

Lápis de Esperança


Nathan de Castro

Andarilho-burguês passei o tempo,
sem tempo para o tempo aproveitar.
O tempo era pretexto e contratempo
que não deixava tempo pra sonhar.

Os amores ficaram pela estrada
da poeira do tempo de entender,
nos olhares da Estrela perfumada,
a imensidão do tempo de viver.

Hoje, quando no céu a nuvem passa
carregada, procuro uma caneta
para escrever um verso que me faça

voltar aos velhos tempos da criança
que enxergava com olhos de poeta
e escrevia com lápis de esperança.