Tuesday, August 28, 2007

Sem Nada Pra Dizer, Digo: Saudade!

© Nathan de Castro

Sem nada pra dizer, digo somente
um verso de presente à calmaria
e, ao vento que bulia na poesia,
entrego um canto amigo, de presente.

Sem nada pra dizer, busco a euforia
de um pé-de-vento pouco e tão ausente.
Brisa de rimas tortas... Simplesmente,
marés cheias de letras sem magia.

Sem nada pra dizer... Sofreguidão!
Deixo o silêncio e as luzes de um poema,
tão pouco e tão vazio de emoção.

Quem me comanda é um louco coração
que vive de escreve sobre esse tema,
tão gota, tão antanho e tão paixão.

Monday, August 20, 2007

Pernas


© Nathan de Castro

A chave do soneto chama as pernas
da musa, o verso, as claves da canção,
para entender o encanto das cavernas,
o ritmo e o poder da sedução.
A porta dos quatorze exige ternas
palavras, quando o frio da estação
canta a saudade... As noites são eternas
para quem fecha as portas à paixão.

Aveludados sonhos num bailado,
de movimentos, doce e perfumado...
Caminhos da explosão que se anuncia!

O verso, arromba a música e embalado
pela força do vento... Extasiado,
soma à canção um beijo na poesia.